1. Modelo de Contrato Simples
Contrato de Dominação e Servidão Absoluta por Tempo Determinada
Contrato de Dominação e Servidão Absoluta por Tempo Determinada
Dominadora: (Nome da
Dominadora, em letras maiúsculas)
Escravo: (nome do escravo, em
letras minúsculas)
O presente Contrato de
Dominação e Servidão absoluta por Tempo Determinado, que entre si fazem as
partes acima qualificadas, será regido pelas seguintes cláusulas e condições:
I.
Obrigações e Deveres da Dominadora:
1.1. Tomar
posse em ato solene, através de ritual próprio, do corpo, alma, mente e vontade
do escravo e, a partir daquele momento único, declarar-se solenemente
proprietária na condição de Dona Absoluta, Soberana, Ama e Senhora Dominadora
do animal;
1.2. Deverá
a Dominadora, proteger, amparar, zelar pela segurança e identidade do escravo,
não permitindo que o mesmo seja alvo de injúrias ou exposto publicamente ao
ridículo de forma à prejudicá-lo em sua vida privada, como homem comum;
1.3. Não
utilizar-se de meios , castigos ou suplícios, acima da capacidade que possa
suportar o escravo, bem como compromete-se à não prejudicá-lo física e/ou
moralmente.
1.4. Compromete-se
a respeitar os limites, sinais e palavras de segurança.
II.
Direitos da Dominadora:
2.1. Dispor
do escravo as vinte e quatro horas do dia em que ele está à sua disposição, da
forma que desejar, transformando-o em escravo completo, seja nos serviços de
casa e tarefas particulares da Dominadora, bem como na condição de escravo
sexual, exigindo o cumprimento das tarefas quando e como devem ser realizadas;
2.2. Obrigar
o escravo a executar tudo o que for da sua vontade de Dona e Soberana, bem como
obrigá-lo à comportar-se de maneira servil, submissa e obediente, mesmo que
seja necessário recorrer à castigos físicos;
2.3. Humilhar,
submeter, subjugar, pisar e pisotear, judiar, castigar, maltratar, bater, dar
tapas e bofetões, bater com vara, chicotear, açoitar, amarrar com cordas ou
correntes, acoleirar, adestrar e treinar e utilizar-se sexualmente do escravo,
do seu pênis mãos, ou língua para gozo e prazer. Será permitido utilizar-se também do ânus do
escravo, para penetração com dedos ou consolos, desde que não seja obrigado o
escravo a relações ou situações exageradas que lhe coloquem a saúde em risco;
2.4. Receber
carinhos, cafunés, massagens, depilações e trabalhos de manicure e pedicuro;
2.5. Além de gozar com o corpo do escravo, é
direito da Dona utilizá-lo como recurso para busca de outros escravos, quando a
Dona desejar aumentar o harém;
2.6. É Direito Sagrado e inegociável que a Dona
sacie a sua vontade de possuir outros homens na condição de escravos ou
simplesmente amantes, sem dar explicações ao escravo e mais, podendo exigir a
participação do escravo em relações à três ou mais pessoas ou simplesmente
assistindo à tudo e ainda ajudando na condição de empregada doméstica e
auxiliar sexual;
2.7. Exigir
relatórios e inquirir sempre que desejar, sobre as atividades do escravo na sua
vida “norma” no mundo “baunilha”;
2.8. Privar
o escravo de liberdade, de ler, ouvir rádio ou ver televisão, além da internet,
utilizar-se do escravo para urinar ou defecar sobre seu corpo e exigir limpeza
completa, vendar e privar de fazer suas necessidades, inclusive proibição de
gozar e ejacular (o que deve ocorrer somente no momento permitido e em
condições exigidas), sempre respeitando as condições de higiene, segurança e
que não coloquem em risco a saúde física e psíquica do escravo.
Parágrafo Único
- As privações de liberdade não poderão atrapalhar a vida profissional do
escravo ou sua vida social, caso seja esta uma exigência da sua sobrevivência
civil.
2.9. Sair e
fazer o que bem entender ser dar explicações ao escravo e exigir ainda
trabalhos em casa enquanto estiver fora;
2.10. ...
III.
Obrigações e Deveres do Escravo:
3.1. Agradar
e satisfazer a Dominadora durante 24 horas por dia enquanto estiver à
disposição;
3.2. Quando
estiver à distância, não permanecer mais do que 72 horas sem manifestar-se por
telefonemas, carta, internet ou outro meio disponível, dando conta do quanto
ama, adora e não pode viver sem a Dominadora, além do quanto ela é superior e
maravilhosa;
3.3. Agradecer diariamente, de joelhos e em
veneração, pela manhã e à noite, no mínimo, a grande oportunidade que recebeu
da vida em poder servir e pertencer à tão superior e maravilhosa criatura
divina;
3.4. Andar
sempre nú quando na intimidade;
3.5. Andar,
permanecer e comportar-se sempre em posição submissa e servil, com a cabeça
baixa diante da Dominadora, bem como sempre inclinar-se de forma submissa ao
dirigir-se à ela;
3.6. Estar
sempre disponível para a satisfação sexual da Dominadora e não esquecer de
agradecer a oportunidade de poder satisfazê-la e agradecer por ter a
oportunidade de tornar-se um homem através da Dominação dela;
3.7. Submeter-se
à período de adestramento e treinamento, bem como estar sempre disponível para
ser judiado, maltratado e castigado, supliciado com cera quente, chicotes e
açoites, tapas e esbofeteamentos, cascudos, pisões e chutes, cusparadas,
amarrados ou acorrentado, aprisonado com coleiras, humilhado e subjugado, mesmo
sem motivos, não esquecendo de agradecer esta graça superior;
3.8. Cozinhar,
lavar louças, casa e roupas, passar, preparar banhos, massagear, atuar como
pedicuro e manicure, comportar-se como empregada doméstica se for exigido,
dançar, desfilar, humilhar-se, chorar e implorar para sofrer castigos e maus
tratos, amar, venerar, submeter-se, aceitar, adorar e executar rituais;
3.9. Executar
as tarefas exigidas e agradecer sempre pela oportunidade;
3.10. Não
reclamar nunca;
3.11. Quando em público deve tratar a Rainha como um cavalheiro trata uma dama
3.11. Quando em público deve tratar a Rainha como um cavalheiro trata uma dama
3.12. ...
IV.
Direitos do Escravo:
4.1. Direito
de ser escravo;
4.2. Direito
de servir;
4.3. Direito
de chorar;
4.4. Direito
de ter sua integridade física, moral e psíquica protegidas.
4.5. Direito de utilizar os símbolos de propriedade da Dona.
4.6. ...
V.
São cláusulas inalteráveis, as seguintes:
5.1. Quando
em situação desconfortável, constrangedora ou em iminente risco ou prejuízo à
saúde, o escravo manifestar-se-á com a palavra ... ou com o gesto ... (para
casos de imobilização da fala), e qualquer ação que estiver sendo desenvolvida
será imediatamente cancelada. É a palavra de segurança.
Parágrafo Único A mesma palavra ou gesto poderão ser utilizadas pela Dominadora
para a mesma finalidade.
5.2. Os
limites estabelecidos são:
5.2.1. O
escravo não será submetido à exposição ou vexame público, nem à situações que
coloquem em prejuízo profissional ou vida pública, nem será submetido à
relações homossexuais ou com animais.
5.2.2. Não
será permitida qualquer situação que coloque em risco a saúde, quer com
castigos e maus tratos ou ainda freqüência de lugares;
5.2.3. Não
será submetido o escravo a ferimentos com fogo, ferro quente, marcas ou
tatuagens permanentes, ferimentos provocados com instrumentos cortantes ou
ponteagudos, estrangulamento e afogamento, choques elétricos, quando colocar em
risco a saúde do escravo.
Parágrafo
1º – Marcas com ferro quente (branding) e tatuagens, bem como o eletrochoque,
são permitidas quando expressas em destaque em contrato, com uso controlado,
segurança, avaliação da saúde do escravo e sua concordância expressa.
Parágrafo
2º - Total e expressamente vedados o uso de armas de qualquer tipo contra o
escravo.
5.2.4. Não
serão utilizadas drogas, nem bebedeiras ou alcoolismo, bem como as relações
sexuais que possam ocorrer serão garantidas pelo uso de preservativos;
5.3. Este
contrato inicia no dia .../.../... quando será assinado por ambas as partes
durante o ritual de entrega e servidão e terá validade por um ano, podendo ser
prorrogado por igual período, se assim desejarem as partes.
5.3.1. O
escravo será submetido à um período de três meses de treinamento e adestramento
e, não sendo considerado apto para a função, a Dominadora poderá solicitar a
ruptura do contrato.
5.3.2. O escravo não tem direito à solicitar
ruptura do contrato, a não ser por descumprimento de uma das cláusulas
relativas à segurança por parte da Dominadora;
5.3.3. As
partes poderão aditar outras cláusulas e condições, sempre conversando em
condições `normais` (não durante relação) uma vez ao mês, especificamente para
tratar de alterações.
5.3.4. As
cláusulas de segurança não podem ser alteradas.
5.4. Este
contrato será assinado em três vias durante o ritual, obedecendo a seguinte
forma.
- O escravo assina uma rubrica e ao lado pingará uma gota de seu
semem, uma de suor e outra com seu sangue;
-
A Dominadora apenas rubrica e, se desejar, poderá lambuzar líquido
vaginal ou urina.
-
Uma via será de cada parte e a terceira será queimada no ato.
5.5. O
escravo adotará o nome .... que o identificará como propriedade da dominadora,
que poderá exigir que o escravo use os seus símbolos de propriedade.
Cidade de Tal, tantas horas do
dia ... de ... de ...
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2. Contrato de Sacher-Masoch com Wanda de Dunajew
Carta de
Wanda Dunajew a Sacher-Masoch
Por: Wanda Dunajew
| Trad.: Rodrigo
Lucheta
Léopold
Sacher-Masoch, autor de “A Vênus das Peles”, adaptada para o cinema por Roman
Polanski, é mais que o pai espiritual do masoquismo, pois ele viveu em si mesmo
os gozos cruéis e infinitos. A seu pedido, sua mulher Aurora Rûmelin, que ele
chamava Wanda de Dunajew, lhe enviou por carta um contrato de escravidão que
ele assinará nestes termos: “Empenho minha palavra de honra em
manter-me escravo de Madame Wanda de Dunajew sob suas condições e em
submeter-me sem resistência a tudo o que ela me irá impor”. Eis aqui
uma das cartas originais do sadomasoquismo.
Caro Mestre,
Se o senhor me ama como afirma, deve
assinar o texto anexado acrescentando a ele algumas palavras confirmando que
aceitará todas as minhas condições, dando vossa palavra de honra de que ficará
meu escravo até seu último suspiro. Prove que terá coragem de tornar-se meu
marido, meu amante e meu cão.
Meu escravo,
As condições sob as quais lhe aceito
como escravo e o suporto ao meu lado são as seguintes: Renúncia total e absoluta de seu eu.
Fora da minha, você não tem vontade. Você é entre minhas mãos um instrumento
cego, que cumpre todas as minhas ordens sem discuti-las. No caso de você
esquecer que é meu escravo e no de não me obedecer em absolutamente todas as
coisas, eu terei o direito de puni-lo e de corrigi-lo conforme meu bel prazer,
sem que você possa ousar queixar-se.
Tudo o que eu lhe conceder de
agradável e de feliz será uma graça de minha parte, e, assim, você não deverá
recebê-la senão me agradecendo. Aos seus olhos eu agirei sempre sem falta e não
terei qualquer dever.
Você não será nem um filho, nem um
irmão, nem um amigo; você assim não será nada mais que meu escravo deitado na
poeira.
Do mesmo modo que seu corpo, sua alma
me pertence e, mesmo quando estiver sofrendo muito, você deverá submeter à
minha autoridade suas sensações e seus sentimentos.
A maior crueldade me é permitida e,
se eu lhe mutilar, será necessário que suporte sem queixumes. Você deverá
trabalhar para mim como um escravo e, seu eu nadar no supérfluo lhe deixando em
privações e lhe pisoteando, você deverá beijar sem murmurar o pé que lhe terá
pisado.
Eu poderei lhe despachar a qualquer
hora, mas você não terá o direito de me deixar contra a minha vontade, e se
você vier a fugir, você me reconhecerá o poder e o direito de lhe torturar até
a morte através de todos os tormentos imagináveis. Fora eu, você não tem nada;
para você eu sou tudo: sua vida, seu futuro, sua desgraça, seu tormento e sua
alegria.
Você deverá cumprir tudo o que eu lhe
mandar, quer seja bem ou mal, e se eu lhe exigir um crime, será necessário que
você se torne criminoso para obedecer à minha vontade.
Sua honra me pertence, como seu
sangue, seu espírito, sua força de trabalho. Eu sou sua soberana, mestra da sua
vida e da sua morte.
Se você chegar a não poder suportar
minha dominação, e suas cadeias se tornarem muito pesadas, será preciso que
você se mate: eu jamais lhe darei a liberdade.
Wanda Dunajew
Fonte: http://www.deslettres.fr/lettre-de-wanda-dunajew-leopold-von-sacher-masoch-prouvez-que-vous-aurez-le-courage-de-devenir-mon-mari-mon-amant-et-mon-chien/
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